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Planejamento de Mina Ponta a Ponta

Planejamento de Mina Ponta a Ponta

O Planejamento de Mina compreende todos os estudos envolvidos na busca pelo melhor aproveitamento dos recursos minerais. 

Realizar um planejamento adequado é indispensável para o sucesso do empreendimento, uma vez que é um processo decisivo para sua condução e desenvolvimento. Um bom planejamento leva em conta competências de Geologia e Engenharia:

Geologia

Logo no começo do planejamento de mina, é necessário o entendimento geológico do local. Nesse contexto, as incertezas geológicas são consideradas como as principais contribuintes para possíveis falhas nos processos ao longo do período de vida útil da mina. Em função de evitá-las, torna-se extremamente necessário o profundo conhecimento geológico da região de interesse, através de pesquisas de campo e de laboratório, denominadas Levantamento Geológico Ou Mapeamento Geológico. Eles constituem o primeiro passo na sequência de etapas da exploração mineral e seu propósito é estabelecer características como a natureza, a forma, a posição espacial, a origem, a idade, a evolução, e a importância dos corpos rochosos (PRICE, 1992). Devido à sua complexidade, é uma etapa que envolve a utilização de várias disciplinas das geociências como a geofísica, geoquímica e petrologia, por exemplo.

Uma vez realizado o levantamento geológico, inicia-se a Criação e Interpolação de Modelos Geológicos para caracterização espacial e quantificação do depósito. Para isso se faz necessário um levantamento criterioso de informações para o conhecimento do corpo mineral, através da obtenção de amostras (testemunhos de sondagem/canais/chips), sendo necessário que o plano de sondagem abranja de forma representativa o depósito mineral em estudo e obtenha a máxima quantidade de informação sobre as litologias e a distribuição de teores, por exemplo. Com esses dados, tem-se a base para a interpretação geológica, e assim, são criadas seções que irão definir os diferentes contatos litológicos do corpo em estudo.

A partir daí as camadas litológicas são transformadas em blocos que caracterizam os recursos minerais, sendo o modelo tridimensional o mais utilizado atualmente. Cada bloco contém todas as informações obtidas provenientes dos estudos, sendo elas as informações químicas, mineralógicas e estruturais.  Eles possuem as mesmas dimensões e forma, e representam a menor porção do domínio a ser estudado. Então, são usadas técnicas Geoestatísticas para estimar as propriedades em determinados locais do depósito que não foram amostrados. As mais utilizadas são os métodos matemáticos de krigagem, inverso da potência da distância e polígonos de influência, sendo obtido assim, uma avaliação precisa de todo o recurso do projeto. 

Engenharia

Após a definição do modelo de blocos é iniciada a Categorização dos Blocos de Minério, onde cada bloco receberá um Valor Econômico referente ao que se espera obter com a extração e o tratamento mineral, considerando a receita e os custos associados. Blocos de estéril apresentam valor negativo, enquanto blocos contendo minério podem ter valor menor, igual ou maior que zero dependendo da qualidade e quantidade do minério que está contido.

Em posse dos valores econômicos de todos os blocos é necessário que se busque o conjunto de blocos que forneça o maior lucro possível, levando em consideração as restrições relativas ao projeto. Considerando a riqueza de detalhes em um planejamento de mina o uso de métodos computacionais é essencial, já que serão avaliados os teores e suas distribuições no modelo, as propriedades das litologias, a recuperação metalúrgica, os custos associados e as receitas com as vendas. Existem diferentes algoritmos que buscam a cava ótima, ou seja, que buscam a maximização dos lucros, tais como Lerchs-Grossmann e Pseudoflow, que além dos aspectos econômicos consideram também restrições geotécnicas que devem ser respeitadas.

Entender o comportamento da cava variando cada um dos parâmetros do planejamento é muito importante para antecipar cenários. Esse estudo é chamado de Análise De Sensibilidade, no qual são gerados múltiplos desenhos de cava, em função de mudanças nas variáveis como custo de lavra e preço de venda, por exemplo. A partir dessas análises, o engenheiro garante maior segurança e confiança em seu projeto, uma vez que é obtido um agrupamento de cavas ótimas, onde se desenvolvem estudos de viabilidade econômica que ajudam a identificar os limites de lavra e buscam a maximização do Valor Presente Líquido (VPL).

Esses diferentes limites de lavra são a orientação inicial para a Geração Das Fases De Extração ou pushbacks. As fases irão definir como será a evolução da cava, à medida que o material é extraído durante os anos.

Com a definição das fases a serem lavradas, inicia-se a estruturação da mina onde são realizadas as construções de acessos, rampas e bermas das bancadas que tornarão a cava operacional. É importante que o engenheiro tenha conhecimento de toda a frota necessária para seguir a programação do plano de lavra, para que a cava tenha seu design adequado a uma operação segura e eficiente.

Finalmente, com todo esse conjunto de variáveis é feita a programação da sequência de extração das fases. O sequenciamento estratégico é extremamente importante, pois é a partir dele que o valor máximo de seu projeto será obtido, considerando as metas e restrições estabelecidas, como tonelagem, teor,relação estéril/minério e outros fatores.

Com este overview dos principais desafios encontrados na elaboração de um planejamento, temos uma síntese dessa atividade que visa o melhor aproveitamento dos recursos minerais de um empreendimento. O HxGN MinePlan é o software mais moderno e completo do mercado quando nos relacionamos com a exploração, modelamento, geoestatística, planejamento tático, estratégico e otimizado, uma vez que pode-se trabalhar com agilidade e eficiência em todas essas etapas. Caso queira saber como otimizar seus processos entre em contato com a Prominas Mining.

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