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D&T – Modelamento Veios Implicit

O modelamento de veios é um assunto comum na mineração. O minério ocorre associado a veios e são necessárias interpolações de restrição de domínio para manter a continuidade dos teores. Usando as técnicas tradicionais de modelamento, pode-se gastar dias ou semanas de edição manual dos dados e esboço de linhas. Com isso, podem ocorrer alguns problemas, como:

1 – Produzir modelo único para o depósito.

2 – O modelo muitas vezes representa a interpretação dos dados feito por apenas uma pessoa.

3 – Pode ser um desafio replicar ou repetir o processo à medida que novos dados se tornam disponíveis.

4 – Geralmente é feito após a sondagem, ao invés de ser feito durante a mesma. Sendo feito durante a sondagem, o modelamento permite ao geólogo analisar os resultados e ajustar a campanha de perfuração, sempre que necessário.

Em edições anteriores de nosso Dicas & Truques, mostramos como o Modelamento Implícito acelera o processo de modelamento geológico como um todo. Contudo, para o modelamento implícito funcionar, os dados devem estar no formato correto (você deve ser capaz de selecionar os pontos de contato dentro do conjunto de dados). Em uma situação em que ocorre uma geologia na forma de camadas estratigráficas com intrusões, o geólogo normalmente vai descrever diretamente os tipos de rocha ao longo do furo, permitindo o MineSight Implicit Modeler locar esses pontos de contato e construir uma superfície ou sólido. Já o modelamento de veios é mais complicado, pois os mesmos não são diferenciados entre si, pelo menos não inicialmente em campo. Em vez disso, o geólogo vai apenas descrever a litologia do veio contida nos chips ou em um corte do testemunho.

Figura 1: Conjunto de dados mostrando múltiplos veios (em vermelho), intrudindo a rocha encaixante.

Se estivéssemos modelando manualmente os veios na seção, o processo de interpretação do veio seria mais coerente. Os geólogos, baseados em seus conhecimentos e experiência sobre o depósito, usam sua percepção visual para alinhar furos e desenhar polígonos ao redor dos mesmos para “uni-los”.

Figura 2: Polígonos manuais construídos em seção 2D ao redor das interceptações dos veios.

No entanto, se usarmos o modelamento implícito para isso, não seria coerente, pois o computador não determina qual interceptação relaciona com qual veio. Até agora, o processo de converter os códigos de veios diferenciados tem consumido muito tempo, requerendo a manipulação de dados no MineSight 3D e MineSight Torque.

Um novo utilitário do MineSight versão 11.50 está pronto para tornar o trabalho dos geólogos bem mais simples. O Drillhole Paintbrush Tool permite modificar ou adicionar um código numérico inteiro para um atributo na base de dados do Torque Drillhole “pintando” manualmente sobre as interceptações na tela usando o cursor do mouse. O Drillhole Paintbrush Tool trabalha em 3D e 2D.

Este é uma ação cuidadosa e altamente recomendável para que os usuários possam adicionar um novo atributo ao seu banco de dados Torque especificamente para este fim, mantendo as observações originais. O Drillhole Paintbrush Tool permite que vários usuários façam seus próprios atributos, suas próprias codificações e modelamentos dos veios, e comparem seus resultados rapidamente. A ferramenta também suporta atributos do tipo texto permitindo aos geólogos sinalizarem intervalos com comentários ou notas, tornando o Drillhole Paintbrush Tool uma excelente ferramenta de colaboração 3D.

No exemplo abaixo, um novo atributo chamado PAINT foi criado para armazenar os códigos dos veios, enquanto o log original foi armazenado em um atributo chamado LITH. É conveniente ter dois drillhole views abertos para um mesmo conjunto de dados, sendo um view set para mostrar os códigos LITH originais e o outro para mostrar códigos PAINT. O LITH view mostra as propriedades que são otimizadas de modo que o código do veio se destaque (em vermelho) dos outros códigos. Ajustando a orientação do viewer 3D ao longo do caimento, é importante neste exemplo observar como a pintura será aplicada para todos as interceptações por trás do cursor do mouse (para modo 3D da ferramenta apenas). O exemplo de conjunto de dados é razoavelmente complexo com cinco veios distintos que se espalham no plano e na seção de um ponto comum.

Figura 3: View ao longo do caimento do código LITH com anotação mostrando os cinco veios distintos.

Configurar o Drillhole Paintbrush Tool é fácil. Ele exige um Drillhole View para exibir e destacar um atributo para codificar e, junto com o código numérico inteiro, atribuir uma largura do pincel. Você pode modificar a largura do pincel durante a marcação, mas é recomendável entender a largura do intervalo dos seus dados e usar um pincel apropriado. Menor pode ser melhor!

Finalmente, defina um Interval Filter. Neste exemplo, queremos determinar um view PAINT igual ao view LITH, onde este último representa o veio, caso contrário você estará pintando fora das linhas. O próximo passo é clicar em PAINT e colorir com o cursor do mouse nas interceptações que deseja codificar. Manter pressionada a tecla Shift funcionará como uma borracha.

Figura 4: Configuração do Drillhole Paintbrush Tool.

Uma vez que você terminou a marcação, clique com o botão direito e pressione salvar. Você deverá confirmar se quer escrever seus resultados de volta ao Torque (note que o Drillhole Paintbrush Tool respeita as permissões de usuário do Torque). Desligue a visibilidade do objeto do LITH drillhole view e atualize o PAINT drillhole view para ver a nova codificação:

Figura 5: (a) Resultado do Veio 1 codificado e (b) Resultados codificados para todos os cinco veios.

Repita os passos anteriores para cada veio até que todos os veios tenham sido codificados.

Depois disso, é hora da validação. Você pode criar um relatório a partir do Torque ou criar rapidamente uma superfície de modelo implícito em cada código de veio. Protuberâncias nas superfícies vão destacar problemas com a codificação muito rapidamente.

Figura 6: (a) Superfícies intermediárias resultantes geradas a partir do IM. Observe que as protuberâncias nos veios 2 e 3 estão relacionadas com codificação errada. (b) Superfícies intermediárias resultantes de veios produzidos com MineSight Implicit Modeler. Note que o veio 5 cruza o veio 4: este é um exemplo clássico de bifurcação.

Aproxime em todas áreas que precisam de marcação e edite os códigos usando o Drillhole Paintbrush Tool. Em seguida execute novamente o modelo implícito. Em poucos minutos se deve obter uma boa representação dos veios. Os dados agora estão prontos para um modelamento de veios mais detalhado.

Um uso mais avançado da ferramenta Paintbrush está relacionado com cenários de bifurcação, como demonstrado nos veios 4 e 5. É possível usar o Paintbrush para atribuir múltiplos códigos de veios para um único intervalo – usando atributos múltiplos – e modelar com o código apropriado. Isso permitirá que as duas superfícies se juntem perfeitamente e posteriormente combinados ou interceptados.

Ainda este ano, um novo produto chamado GeoLogic permitirá alavancar o poder do MineSight Implicit Modeler através do sequenciamento de superfícies e sólidos para criar um modelo geológico fechado. O resultado é um modelo geológico auditável e inteiramente reprodutível. Este modelo pode ser rapidamente atualizado com novas informações e, neste caso, novas decisões de interpretação de veios codificados.

Para maiores informações sobre o Modelamento Implícito e estas novas funcionalidades, entre em contato com client-relations@prominas.net que teremos grande satisfação em atendê-lo.

Até a próxima!!!

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